OBJETIVO:
O curso tem por objetivo: (a) Instrumentar os alunos com algumas das técnicas utilizada pelos especialistas em relações interpessoais. (b) Desenvolver a inteligência emocional e a capacidade de comunicação. (c) Desenvolver a capacidade de empatia. (d) Desenvolver a capacidade de observar no outro e em si mesmo: traços de personalidade, nível de maturidade, defeitos humanos, qualidades humanas, ética e moral. (e) Discutir formas de lidar e de se relacionar com as pessoas a partir das características observadas.
MÓDULOS:
- Inteligência emocional;
- Personalidade;
- Maturidade;
- Defeitos humanos;
- Qualidades humanas;
- Ética e moral.
Numa de minhas aulas de relação médico-paciente na faculdade de medicina um aluno me perguntou: “Por que o sábio se relaciona melhor com os outros e consigo mesmo do que o gênio? Afinal, o gênio é ou não é um gênio’?
Consideramos gênio quem possui uma inteligência de altíssimo grau. Yamandu é virtuose no violão. Pelé e Maradona foram gênios no futebol. Einstein, gênio na física. E consideramos sábio quem sabe lidar com os seres humanos e com a vida de forma sensata e prudente.
Um jovem pode ser um gênio, mas ainda não pode ser um sábio. Porque, para ser sábio, é necessário desenvolver, além da inteligência, outras habilidades úteis a uma boa relação com os outros e consigo mesmo.
As habilidades para bem se relacionar são o tema do presente curso. Elas incluem a empatia, a capacidade de comunicação com os outros e consigo mesmo e o desenvolvimento de uma observação especializada “daquele que esta ao nosso lado”. Quem faz o curso não mais olhará para os demais como um leigo no assunto o faz.
Situações que simulam algumas relações cotidianas são examinadas. Casos fictícios baseados na vida real são discutidos. Como exemplo, descrevemos a seguir a parte inicial de um caso. Como todos os descritos no curso, não se trata de caso real. Portanto, qualquer semelhança não passa de mera coincidência.
Donaldo (nome fictício), 40 anos, pai de Melissa, 16 anos, busca organizar sua bagunçada relação com a filha. Melissa mora com a mãe, Maira, 36 anos. As duas ora se amam, ora se odeiam. Combinam no interesse por roupas de griffe, jóias, tratamentos estéticos e pelas novelas da TV. Também combinam no desinteresse por questões profissionais, políticas, econômicas e pelos programas de notícia. Brigam porque Melissa quer mesada maior, gosta muito da noite e teima em dirigir o automóvel mesmo sem carteira, além de que não se interessa pelos estudos e, ultimamente, passou a beber cerveja e a fumar.
Donaldo e Maira se separaram há seis anos, após um casamento que principiou apaixonado e com Maira no segundo mês de gravidez. O teste comprobatório foi realizado em plena viagem de núpcias. Sabe onde? Em Paranaguá, antes de tomar o barca para a Ilha do Mel. Na volta, saberiam o resultado. No barco, pensaram em nomes. Quando tinham à direita o verde da Serra do Mar, à esquerda a Ilha do Cardoso e bem próximos, a companhia de golfinhos, surgiu da sua boca o nome “Melissa”.
O motivo da separação, segundo ele, se deveu à vida fútil e à irresponsabilidade de Maira: “Só pensava em comprar, comprar e comprar. Nunca soube viver dentro de um orçamento”. Para ela o motivo se deveu à constante intromissão de Donaldo em sua vida: “Um chato que nasceu para trabalhar. Não sabe o que é se divertir. Com ele junto, não podia ser eu mesma. Sempre aquele olhar de censura, seja pelo brinco novo, seja pelas brincadeiras que eu fazia nos jantares com os amigos”.
Donaldo reclama: não consegue participar com autoridade da educação da filha. Quando tenta impor limites, Maira o boicota. Por exemplo, proibiu Melissa de sair de casa à noite. Só sairia aos sábados, caso tivesse um comportamento adequado durante a semana. Entenda-se: não chegar atrasada à escola, estudar em casa uma hora por dia, não fumar e não gritar com os pais. A mãe a deixou sair à noite fora do combinado. Mais ainda: para, segundo suas palavras, não perder o diálogo com a filha, permite que ela dirija o carro pelo bairro.
Donaldo diz que a ex-mulher nunca soube tolerar frustração e, por isso, não consegue educar a filha a aprender a tolerar frustração. Que ele sabe como fazer, porém, quando tenta, Maira se alia a filha e ambas se afastam dele. Maira diz que Donaldo não sabe ser flexível, não é um pai, é um carrasco. Que age com a filha como agia com ela quando eram casados. Que ela se identifica com Melissa, sabe a dor de querer algo e se ver impedida e frustrada.
Ao final de cada módulo é aplicado um teste ou se solicita que o aluno faça determinados exercícios. Foram evitados muitos recursos de multimídia para que o arquivo opere com mais rapidez.
Que habilidades ajudarão Maira e Donaldo a alcançar uma relação que lhes permita encaminhar melhor o futuro da filha?
Atenciosamente,
Jorge Alberto Salton